Evolucionismo antropológico
O projeto de antropologia evolucionista foi muito ambicioso, já que se buscava uma explicação que abrangesse toda a humanidade. É nesse ponto que podemos encontrar duas contribuições para a antropologia; a primeira foi que pela primeira vez as sociedades “primitivas” são incorporadas à história da humanidade e a segunda foi que pensaram a hipótese da “unidade da espécie humana”.
Como consequência dessas duas idéias, as mesmas leis que governam a sociedade complexa também governariam a sociedade primitiva. E com esta última idéia, chegamos a terceira grande contribuição do evolucionismo, que é a existência de leis que governam a vida social.
Os principais representantes dessa primeira escola do pensamento antropológico foram os ingleses Edward B. Tylor (1832-1917) e James Frazer (1854-1941) e o americano Lewis Morgan (1818-1881).
Eles acreditavam que todas as sociedades estavam submetidas às leis naturais do desenvolvimento humano assim como a natureza também obedecia a determinadas leis de seu desenvolvimento.
Edward B. Tylor: A sua importância na Antropologia deve-se sobretudo à obra Primitive Culture, publicada em 1871. Nesta obra, Tylor utilizou pela primeira vez um conceito que ficou célebre - o conceito de "sobrevivências" bem como uma noção bastante abrangente de cultura que é hoje considerada clássica: «A cultura ou civilização, entendida no seu sentido etnográfico mais amplo, é o conjunto complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, o direito, o costume e toda a demais capacidade ou hábito adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade» (Tylor, Primitive Culture, 1871).
Tylor, baseando-se na teorias darwianas da época,