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RESENHAS
CASTRO, Celso (org.). 2005. Evolucionismo cultural: Textos de
Morgan, Tylor e Frazer. (Coleção Antropologia Social) Rio de
Janeiro: Jorge Zahar. 128 p.
Peter Schröder1
Por que ler os velhos mestres? Especialmente em tempos
‘pós’(modernos, estruturalistas, feministas, etc.). Não seria mais
‘econômico’ ir diretamente às ‘revisões’ atuais dos clássicos, em particular quando se trata de autores e escolas consideradas ultrapassadas, superadas, despachadas, enfim ‘capítulos fechados’ da história da Antropologia?
Na verdade, Celso Castro prestou um serviço valiosíssimo a toda a comunidade antropológica brasileira por traduzir três textos de três autores das gerações dos ‘fundadores’ da Antropologia como ciência social e humana. Com freqüência podia se ouvir reclamações de profissionais que não havia, para disciplinas de teoria antropológica clássica ou de introdução à Antropologia, textos em português dos evolucionistas clássicos do século XIX, ou de que o acesso a essas traduções (geralmente em português de Portugal ou espanhol) seria difícil. Como resultado dessa situação, muitos alunos de cursos de Antropologia ou ciências sociais internalizaram relatos de segunda ou terceira mão sobre esses clássicos sem jamais ter lido um único de seus textos. Este problema poderia ser evitado ou minimizado nas pós-graduações, ao menos hipoteticamente, mas não dá para ignorar que em uma série de programas das regiões
Norte e Nordeste um número não insignificante de alunos opta propositadamente, apesar das exigências formais nos processos de seleção, por um monolinguísmo nas leituras.
No entanto, a mera disponibilização das traduções não é o único mérito deste pequeno livro. Ele mostra, ao mesmo tempo, a diversidade da tradição escolhida e revela que não é tão fácil resumir a Antropologia da época.
Os textos traduzidos são:
(1) O prefácio e o primeiro capítulo de Ancient