Evolu Ao
A exploração e produção offshore (no mar) de hidrocarbonetos não é recente. As primeiras atividades teriam ocorrido ainda no início do século passado, no Golfo do México, Estados Unidos. Elas eram realizadas a partir da adaptação de equipamentos e técnicas da exploração em terra. Desde então, até os dias atuais, ocorreram muitas transformações tecnológicas e operacionais nesse segmento do upstream da produção de petróleo e gás. A partir delas, muitos recursos antes considerados inacessíveis, ou inviáveis economicamente, passaram a ser objeto de maior interesse e se tornaram reservas economicamente recuperáveis.
Nesta postagem inicial serão abordados o potencial de descoberta de recursos e o nível de reservas em águas profundas.
Inicialmente é importante registrar que o intenso desenvolvimento tecnológico associado ao segmento offshore resulta de pesquisas, inovações tecnológicas e operacionais que vêm permitindo uma constante redução de custos na exploração e produção. Cumpre notar, inclusive, que foi a partir da exploração offshore que se intensificaram as relações entre as petroleiras, as para-petroleiras e as instituições de pesquisa. Isso teria resultado no aumento das atividades de P&D e em um grande avanço tecnológico desde a década de 1960 até a presente década.
Com base nessas competências tecnológicas desenvolvidas, o offshore vem contribuindo crescentemente para a renovação das reservas de petróleo. Nesse contexto, a despeito de diversas previsões de redução na oferta das últimas três décadas, as reservas de petróleo teriam ficado mais abundantes ao longo desse período. De acordo com BP (2010) a taxa de reservas provadas por produção R/P (reservas/produção) mundial cresceu de 31 anos em 1973 para 42 anos em 2008. Desde então, novos horizontes de descoberta e exploração vêm emergindo continuamente. Depois do primeiro choque do petróleo as reservas cresceram cerca de 80%, mesmo com o contínuo aumento da produção.
Adicionalmente, na última década,