Sociologia Aplicada
Capítulo 1
A CRISE DO FEUDALISMO
Caminharemos juntos nesta etapa, visando entender que, para que a nova ordem pudesse ganhar espaço, o Feudalismo teria que extinguir todas as suas possibilidades de reprodução.
A partir dos séculos XV e XVI podemos observar que grandes transformações ocorreram na Europa e, conseqüentemente, no mundo todo.
Esses acontecimentos desestruturaram o sistema feudal existente e deram origem a um novo sistema – o capitalismo. A grande crise do feudalismo desenvolveu-se na
Europa Ocidental no século XIV, atingindo indiscriminadamente campo e cidade, disseminando a fome, epidemias e as guerras, podendo ser explicada por um conjunto de fatores que trouxe, como conseqüência, a superação do sistema feudal. A economia medieval encontrava-se em crise face à baixa produtividade agrícola, ocasionada pelo esgotamento dos solos - utilização inadequada de técnicas agrícolas predatórias - o que projetava um declínio na produção de alimentos, gerando a fome e, conseqüentemente, as epidemias.
Em meados do século XIV, os comerciantes genoveses trouxeram da região do Mar Negro uma epidemia que, no espaço de dois anos, espalhou a morte por toda a Europa, atingindo homens e mulheres adultos e crianças de todos os segmentos sociais, sendo conhecida como Peste Negra – um castigo de Deus.
A crise se agravou na medida em que os senhores feudais viram seus rendimentos declinarem devido à falta de trabalhadores e ao despovoamento dos campos.
A mortalidade trazida pela fome e a peste negra foi ainda ampliada pela longa Guerra dos Cem Anos (1337/1453), desencadeada pela disputa das regiões de Bordéus e
Flandres, entre França e Inglaterra.
A conjuntura de epidemias, de aumento brutal da mortalidade e de superexploração camponesa que caracterizou a Europa do século XIV trazendo a crise, foi sendo superada no decorrer do século XV, com a retomada do crescimento populacional, agrícola e comercial.
FORMAÇÃO DOS ESTADOS-NACIONAIS
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