eventos privados
O fato da privacidade não pode, é claro, ser questionado. Cada pessoa está em contato especial com uma pequena parte do universo contida dentro de sua própria pele. Para tomar um exemplo que não trás controvérsias, cada pessoa está singularmente sujeita a certos tipos de estimulação proprioceptiva e interoceptiva. Embora, em um certo sentido, possamos dizer que duas pessoas podem ver a mesma luz ou ouvir o mesmo som, elas não podem sentir a mesma distensão do ducto biliar ou o mesmo músculo contundido. (Quando a privacidade é invadida com instrumentos científicos, a forma de estimulação é mudada; as escalas lidas pelos cientistas não são os próprios eventos privados.). Psicólogos mentalistas insistem que há outros tipos de eventos que são unicamente acessíveis ao proprietário da pele dentro da qual eles ocorrem, mas que faltam a eles as dimensões físicas de estímulos proprioceptivos ou interoceptivos. (...) A importância atribuída a este tipo de mundo varia. Para alguns, ele é o único mundo que existe. Para outros, ele é a única parte do mundo que pode ser diretamente conhecida. Para outros ainda, ele é uma parte especial daquilo que pode ser conhecido. Em qualquer caso, o problema de como alguém conhece o mundo subjetivo de outro deve ser enfrentado. Ao lado da questão do que significa “conhecer”, o problema é o da acessibilidade. A privacidade não seria, assim, preocupação exclusiva de perspectivas mentalistas; estudar “o contato especial” que “cada pessoa” estabelece com “a parte do universo contida dentro de sua própria pele” deveria, segundo o behaviorismo radical, ser parte das atividades de pesquisadores sobre o comportamento. Para Skinner as tentativas de mensuração feitas das possíveis transformações que estão ocorrendo no corpo da pessoa quando ela está em contato com essas transformações, mesmo recorrendo-se a instrumentos cada vez