Etnia cigana
Disciplina: Antropologia Cultural
2012/2013
Introdução
Nas últimas três décadas do século XX, assistimos a um crescimento da população cigana residente em Portugal, conhecendo assim a implantação e expansão de um movimento religioso evangélico (pentecostal) de ordem Ibérica e configuração étnica cujo principal fator é a Igreja Evangélica de Filadélfia – que desde o seu começo é considerado um fenómeno de grandes dimensões em relação à sua atividade sócio religiosa, produzindo deste modo novas práticas e configurações identitárias a nível coletivo. Posto isto, consideramos que a Etnografia é importante para o estudo dos diferentes povos, uma vez que é considerada como sendo uma ciência auxiliar à Antropologia, a Etnografia tem como objetivo o estudo das diferentes culturas presentes na sociedade.
O objetivo desta intensiva pesquisa tem por base ilustrar, demonstrar e divulgar um pouco dos costumes da etnia cigana e também desmistificar a religião que está ligada à Igreja Filadélfia, à qual estão relacionados diversos fatores. A musicalidade também é um fato crucial da simbologia associada a esta comunidade, aspeto bastante importante a realçar neste trabalho, bem como as origens do povo cigano e a sua forma de viver.
Dinâmicas Culturais e Sociais num Movimento Evangélico Cigano na Península Ibérica
A etnia cigana teve a sua origem na Península Ibérica por volta do século XV, nesta altura foram considerados como sendo incapazes de exprimir sentimentos religiosos, pelo facto de não conseguirem permanecer num local por um longo período de tempo, com isto eram impossibilitados de se instalarem de forma fixa num determinado local, para que desta forma pudessem desenvolver a sua cultura em conformidade com a sociedade em que estão inseridos. A família cigana é definida como sendo uma família patrilinear, ou seja, no matrimónio a importância é atribuída ao homem, logo é destinada ao Pai que é considerado o chefe supremo da família. Uma