trabalho socio descrimina o da etnia cigana
A sociedade tem tendência a generalizar: o cigano é aquele que está sujo, é mau e são estas ideias estereotipadas permanecem na mente das pessoas. A proximidade poderia levar a minimizar estas ideias pré-concebidas. No entanto, o preconceito está de tal forma enraizado que já nem sequer leva à aproximação. Mesmo nos meios em que existe interação com a população local, não deixa de haver descriminação, já que um casamento misto raramente é bem aceite por famílias não ciganas. Assim, ao não se sentirem aceites no outro grupo, acabam por se auto-excluir e virar os seus interesses para dentro do próprio grupo, pois sabem que da parte do outro, não vão obter outra resposta. Os ciganos vivem excluídos a todos os níveis. Continuam a enfrentar sérios obstáculos para possuírem uma boa qualidade de vida, tais como os escassos acessos a bens e serviços essenciais e a falta de garantia dos seus direitos fundamentais – os direitos à habitação, saúde, educação e trabalho. Limitam-se aos seus bairros periféricos, que são barracas e casas degradadas, sem ou com condições de saneamento extremamente precárias, altos níveis de desemprego e acesso limitado a serviços de saúde, ficando ainda vulneráveis a desalojamentos forçados e outras violações de direitos humanos.
Nos sistemas de educação de muitos países da Europa Central e de Leste, as crianças de etnia cigana são sistematicamente encaminhadas para escolas especiais com programas de estudo extremamente simplificados e com condições muito inferiores em comparação com as escolas frequentadas por residentes que não são de etnia cigana.
Na Europa Ocidental, os obstáculos na obtenção da documentação necessária para aceder aos serviços públicos, as falhas na integração de estilos de vida nómadas, o preconceito generalizado e a diminuição da procura das ocupações tradicionais resulta em ciclos de pobreza e