Etica e moral
O texto de Augusto Boal nos apresenta uma discussão em torno dos conceitos de Moral e Ética, com um objetivo fim bastante notório no decorrer de todo o relato: a notável diferença entre estes dois conceitos, mesmo estes termos possuindo uma relação de enorme proximidade um com o outro.
Desde as palavras iniciais, fica claro que o autor relaciona o conceito de ética como algo desejável no que diz respeito às perspectivas de tudo aquilo que já existe, e principalmente, no que diz respeito às perspectivas de mudanças desejáveis relacionadas ao ato de almejar uma sociedade melhor e mais justa.
Torna-se claro também para o leitor, a ideia nítida que a moral retoma algo que já existe e é visto como um conjunto dos costumes que não são amorais dentro de uma determinada sociedade em uma determinada época.
Entende-se amoral, sobre o meu ponto de vista, como algo que opõe-se ao que é aceito e é visto como um bom costume dentro da sociedade em que vivo.
Citam-se no texto por exemplo diversas atitudes um dia já consideradas amorais, que hoje, são simples atos desprendidos da atenção do público quando praticados.
Isso me faz refletir como e de que maneira posso ter vivido ou estar vivendo dilemas morais dentro da sociedade em que vivo e me enquadro. Certamente estamos sempre vivendo dilemas morais na sociedade, assim como é notório a vivencia da busca incessante da ética utópica, que cito aqui como sendo a sociedade perfeita e cem por cento justa.
Assim sendo, creio, como Augusto Boal, que para buscarmos a ética que almejamos, pode tornar-se necessário, a oposição e afrontamento à moral, e que a moralidade será sempre mutável de acordo com os diferentes costumes das diferentes épocas em que ela está