Etanol e a realidade sócio-econômica brasileira
1 O ETANOL NO BRASIL
No atual cenário brasileiro constata-se o imperativo da redução da dependência sobre o petróleo em razão do seu alto custo, bem como o cuidado dispensado à temática ambiental. Nesse contexto, o etanol surge como uma alternativa de energia renovável e em consonância com as preocupações em relação ao meio ambiente.
O etanol pode ser obtido através de diversos meios, dentre os quais:
O etanol celulósico poderia ser o mais importante biocombustível, assumindo que haverá uma redução significativa dos custos de produção. As melhores opções de etanol celulósico resultam em 90% menos emissões de CO2 do que a gasolina.
O etanol da cana-de-açúcar é, atualmente, e projeta-se que em 2030 continue a ser, a fonte mais barata de biocombustível. As estimativas de redução das emissões em relação à gasolina variam de 56% a 92%. A tecnologia de produção e conversão está bem desenvolvida e há potencial para redução dos custos de produção.
As projeções das exportações mundiais de etanol variam de 50 bilhões a 190 bilhões de litros. O Brasil, que é o maior produtor e exportador, poderia suprir até 160 bilhões desse volume, o que requereria um adicional de 11 milhões de hectares de canaviais assumindo aumentos de produtividade da cultura e industrial. As incertezas estão relacionadas às políticas de subsídios para o etanol e o biodiesel de grãos e o desenvolvimento de biocombustível celulósico mais barato.
O etanol de grãos é o menos eficiente na redução de emissões (14% a 22% mais baixas que a gasolina. Além disso, é o etanol mais caro e o potencial para redução de custos é considerado limitado. É incerto se a reação social causada pelo aumento dos preços dos alimentos pode levar à redução de subsídios para a produção de etanol de grãos.
No Brasil, o etanol é produzido a partir da cana-de-açúcar.
O Brasil é uma referência na produção mundial de etanol, o que lhe confere o segundo lugar no ranking de