DISPARIDADES SÓCIO-ECONÔMICAS
Considerado uma grande potência em ascensão, o Brasil vem alcançando um papel de destaque no cenário econômico mundial atualmente. No entanto, tal positividade não é acompanhada pelos indicadores sociais, que parecem caminhar a “passos de tartaruga”.
Sinteticamente falando, a economia brasileira sempre procurou se moldar no ambiente ditado internacionalmente. A dinâmica econômica nacional era centrada na produção dos chamados produtos primários, em especial o ramo cafeeiro, com baixo índice de exportação. A partir da década de 30 deu-se início a industrialização no país, seguindo os parâmetros – apesar de um pouco tardio – da Revolução Industrial. O conceito chave adotado foi o “desenvolvimentismo”, onde priorizou-se a expansão da política industrial, na qual o Estado arrecadava e orientava o investimento dos recursos financeiros ao setor secundário.
Por derradeiro, do final do Século XX até os dias presentes, o que se vê é o denominado termo globalização. Aumento significativo nas exportações, aliados a descoberta da imensa jazida de petróleo no pré-sal e ao fenômeno biodiesel, este representado pela internacionalização do etanol, colocaram o Brasil como uma das dez economias mais fortes do mundo, retirando o país da zona periférica mundial. De acordo com o jornal espanhol Expansión (2010), a economia brasileira ultrapassou durante o período de crise o Canadá e a Espanha e passou a ser a oitava maior economia mundial do mundo.
Pois bem. Volvendo-se os olhos para tais dados, não há outra conclusão a se chegar àquela de que segue, no mesmo sentido, a situação econômica populacional. Porém, não é essa a realidade, senão vejamos.
O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – que tem como parâmetros os dados de expectativa de vida do país, sua educação, renda per capita, entre outros, coloca o Brasil na modesta 70ª colocação, atrás de países como Chile, Cuba, Costa Rica, Panamá, Venezuela. O índice por si só já demonstra o abismo