Matriz Energetica Brasileira: Biocombustiveis
Antes da Revolução Industrial (séc. XIX) a produção e prestação de serviços se fundamentavam no trabalho braçal dos homens, com auxilio da tração animal e da queima da lenha (carvão vegetal). A Revolução veio inovar a produção com a introdução do carvão mineral, que dominou de forma absoluta o panorama energético, por ser empregado nas fornalhas e caldeiras, para obtenção de vapor destinado às máquinas. Obviamente os países detentores das reservas deste minério dominaram esta vanguarda e obtiveram vantagens sócio/econômicas quando comparados àqueles que não as detinham.1
As reservas de carvão mineral encontradas no Brasil se mostraram limitadas, de baixa qualidade e difícil extração. Fazendo com que a lenha dominasse a matriz energética brasileira até o séc. XX (em 1940, ainda representava três quartos da energia total do país), gerando uma industrialização tardia. 1
O petróleo só entrou em cena na economia mundial , em 1894, a partir da primeira perfuração bem sucedida, na Pensilvânia, e da expansão de refinarias, em escala industrial, para a obtenção de querosene (utilizada como combustível nos postes de iluminação pública). A partir desta importante descoberta decorreu-se um período de importantes invenções (1878-1897), com destaque para os motores de combustão interna (desenvolvidos por Otto, Daimler e Diesel), que utilizavam como combustíveis os derivados do petróleo (gasolina e diesel). 1
No Brasil esta introdução foi tardia, devido às dificuldades sócio-tecnológicas para exploração deste minério e às intervenções político nacionalistas. A partir de 1941, houve uma introdução significativa do petróleo na economia brasileira. Como não haviam sido descobertas grandes reservas nacionais, esta introdução se dava quase que totalmente por via de importações. A exploração nacional do petróleo teve início em 1939 e só veio atingir a autossuficiência em 2006. 1
O investimento em novas tecnologias para o abastecimento energético está relacionado,