Estética e a questão do belo
A Aesthesis, como uma dimensão própria do homem, tem despertado, desde a Grécia antiga, interesse e preocupação no ser por aquilo que, efetivamente, o agrada. Essa disposição ao questionamento do belo, a busca incessante pela compreensão e delimitação do conceito de beleza move a estética no transpassar da vida humana como disciplina filosófica, como mera fruição(posse), como criação, como um ideal ou como uma ruptura(rompimento)’. Para Platão, o belo é o bem, a verdade, a perfeição; existe em si mesma, apartada do mundo sensível, residindo, portanto, no mundo das ideias. A ideia suprema da beleza pode determinar o que seja mais ou menos belo. Em O banquete, Platão define o amor como a junção de duas partes que se completam, constituindo um ser andrógino (ser de dois sexo) que, em seu caminhar giratório, perpetua a existência humana. Esse ser, que só existe no mundo das ideias platônico (algo ideal sem interesses materiais), confere à sua natureza e forma uma espécie peculiar(padrão) de beleza: a beleza da completude(perfeição) é uma atuação passiva no que concerne (diz respeito) conceito de belo: não está sob sua responsabilidade o julgamento do que é ou não é belo. A dialética (a arte de debater) de Platão aponta para duas direções: o mundo das ideias, num plano superior, do conhecimento, que é, ao mesmo tempo, absoluto e estático(imóvel); a outra direção segue para o mundo das coisas, dos humanos. Este, de aparência sensível, é constituído pela imitação de um ideal concebido no mundo das ideias: portanto, num processo de cópia. Gilles Deleuze aponta para uma terceira possibilidade que quebra a dicotomia (divisão de um elemento em duas partes. Ex: belo e o feio) platônica (algo ideal sem interesses materiais)