Filosofia Medieval, Racionalismo e Empirismo

1. Filosofia Medieval: Razão e Fé

No texto, o autor afirma que há diversos dogmas seguidos pelos fiéis que desafiam a razão. Exemplo disso é a Trindade de Deus: Deus é, ao mesmo tempo, um só e três: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A palavra patrística deriva da filosofia desenvolvida pelos Padres da Igreja, onde se procurava justificativas racionais para as verdades reveladas. É busca pela conciliação entre fé e razão. Santo Agostinho (354-430) é o principal representante da patrística. Esse padre afirmava que a razão fica subordinada à fé e à verdade revelada, ou seja, a realidade íntima do ser humano (alma) se eleva à razão. De acordo com a patrística, o ser humano está condenado ao erro e à ilusão; a fé ilumina o intelecto e guia a vontade, fazendo com que a razão chegue ao conhecimento do que está ao seu alcance e alma receba a revelação do que não está ao alcance da razão. São Tomas de Aquino considerava a filosofia e a religião duas ordens de conhecimento. Dava maior importância à religião, no caso de contradição entre religião e filosofia, caberá ao filósofo reencontrar o caminho da verdade. A Filosofia cristã desenvolveu-se durante a Idade Média e seu principal objetivo era reconciliar a fé, a verdade revelada por deus, com a razão humana. A reflexão filosófica era alimentada pelos problemas teológicos. Exemplo desse fenômeno ligado à música é a distinção entre a música sacra e profana.

2. Realismo Renascentista

No Renascimento (c. 1300-1500) ocorrem grandes modificações em relação à Idade Média: desenvolve-se o método científico, separando a fé da razão; surge o antropocentrismo, onde a razão humana é o fundamento do saber; nasce o interesse pelo saber ativo em oposição ao saber contemplativo, gerando a transformação da natureza e o desenvolvimento de técnicas. Em sentido filosófico, no realismo os objetos correspondem plenamente ao conteúdo da percepção; Logo, o conhecimento é percebido como real. A partir daí surge o