Estudos Totêmicos da Religiosidade Segundo Durkheim

Vemos que Durkheim analisa a religião como uma forma de articulação de rituais e símbolos, que possui o efeito de criar afinidades sentimentais entre os homens. Afinidades estas, que possibilitam uma forma de classificação e representação coletiva. Forma-se então entre os homens, uma noção de gênero e classe, com isso, os mesmos passam a tomar como modelo os próprios elementos da sociedade. As fratrias serviram de gênero e os clãs de espécie. A tribo surge de um pensamento de solidariedade orgânica ordenada a partir de um plano unitário. Como o homem vivia em grupo, eles começaram a agrupar coisas. O fato é que, existe uma forte consciência coletiva entre os membros, As noções fundamentais de espirito e as categorias essenciais do pensamento, podem ser produto de fatores sociais. Eles aderem a crenças e a sentimentos comuns. Os ideais expressos nas crenças religiosas são, pois, os ideais morais em que se baseia a unidade da sociedade.
A consciência individual possui a capacidade de distinguir as semelhanças entre as coisas e saber o que elas representam. Imagens similares se atraem, assim como, imagens opostas se repelem e seguindo esta ideia de oposição das coisas podemos entender como ocorrem os conflitos sociais nas religiões mais primitivas. Uma fratria passa ser rival da outra, simplesmente porque ambas não dividem os mesmos “pensamentos”. Porem, mesmo possuindo ideias divergentes, no interior de cada fratria, percebemos afinidade na forma de organização. Mesmo fazendo parte de fratria sendo rival da outras, ambas possuem singularidades na hora de realizar seus rituais religiosos.
O gênero nada mais é do que um elemento exterior, onde todos os objetos que se assemelham, passam a formar o conteúdo. Porém, o conteúdo por si só, não consegue fornecer um contexto. Ele nada mais é, que imagens vagas. Ele é um instrumento do pensamento que foi manifestamente construído pelos homens.
Durkheim ainda afirma, que o homem busca estabelecer uma relação de