Estudo sobre o preenchimento do objeto direto anafórico
DIRETO ANAFÓRICO
Jancieli Vieira e Pricila Raimundo.
Este texto apresenta uma pequena pesquisa e análise sobre o preenchimento do objeto direto anafórico. Este estudo focou o sistema clítico de 3º pessoa e o processo de variação que está ocorrendo no português brasileiro, causando o seu desaparecimento, sendo substituído pelo objeto direto nulo, ou pelo pronome tônico de 3º pessoa.
Para tanto foram levados em consideração fatores internos, fatores linguísticos e fatores externos, extralinguísticos. Como fator linguístico este estudo buscou perceber como a variante animacidade influência no uso de determinadas formas. Como fatores externos foram analisados grau de escolaridade e idade e sexo/gênero dos informantes e como isso influência no uso de cada forma analisada.
Os dados analisados são compostos por: quatro entrevistas gravadas por Isabel
Monguilhott, para a tese de doutorado defendida em 2009, composta por duas entrevistas com informantes masculinos, um deles com formação acadêmica com 26 anos, outro com idade de 15 anos e cursando ensino médio. E duas informantes do sexo feminino, uma delas com formação acadêmica e 25 anos, a outra cursando o ensino médio e com 15 anos.
As entrevistas buscaram abordar assuntos de cunho pessoal e também assuntos que abordavam a realidade social de cada entrevistado. Obedecendo assim ao principio de pesquisa Laboviano, que busca obter, por meio da pessoalidade do tema um menor nível de monitorização da fala por parte dos falantes, e uma melhor mostra de seu vernáculo. Há também a análise de 40 composições textuais de alunos do ensino fundamental da Escola de Educação Básica Getúlio Vargas, com 20 alunos do 5º série e 20 alunos da 6º série. Se buscou, nesse tipo de análise, obter uma mostra da forma escrita do fenômeno escolhido. Com objetivo de provar que, na forma escrita, há um maior monitoramento por parte do falante, e um uso maior das formas legitimadas