Estudante
A primeira década do regime republicano foi das mais difíceis para a política econômica. Essas dificuldades devem-se ao fato de que aí se observam os momentos cruciais de importantes transformações "estruturais" na economia do país, destacadamente a súbita disseminação do trabalho assalariado no campo e o reordenamento da inserção do país na economia internacional. A década de 90 seria memorável em seus debates em torno da orientação a ser dada a política macroeconômica onde há uma progressiva deterioração das contas externas, fazendo o país a adotar um plano conservador de saneamento monetário. Nesse cenário, o Brasil passa a crescer no âmbito internacional, aumentando cada vez mais suas exportações durante o século XIX. O valor das exportações per capita, contudo, não chega a definir o Brasil como uma economia especialmente "aberta". Além disso, a participação brasileira sobre o comércio mundial é ainda, muito pequena, inferior a 1% em 1913. Contudo, o investimento estrangeiro no Brasil se via cada vez mais intenso, se comparado ao restante do mundo. Ao longo dos anos 90 a convivência do país com os mercados financeiros internacionais se enriquece, pois é nesses anos que se assentam as da grande abertura financeira da primeira década do século XX, embora a economia brasileira ainda fosse caracteristicamente primário-exportadora. Diante disto, a relação entre movimentos de capital e a evolução da capacidade para importar melhor informa sobre a influência daquele sobre o estado das contas externas do país e consequentemente sobre as flutuações da taxa de câmbio. Em dois períodos onde as entradas de capital são reduzidas, 1876-1883 e ao longo dos anos 90, de fato se observaram dificuldades cambiais. A depreciação cambial assume dimensões de crise em 1891, em função disso, observa-se uma significativa desvalorização real da taxa de câmbio, o que certamente teve papel importante em reduzir o