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Neste capítulo são apresentadas informações gerais sobre os íons terras- raras. Será mostrado um breve histórico da origem desses íons seguido de suas características espectroscópicas. Em seguida, serão mostrados os processos de transferência de energia intramolecular nos complexos lantanídeos. Por fim, serão apresentadas as principais caracter ísticas em relação às aplicações nos
OLEDs com ênfase na sua importância científica e tecnológica.
3.2. Resumo Histórico
Os cientistas do final do século XVIII utilizavam a denominação “terra” para classificar os óxidos de metais, por acreditar que estes eram elementos simples. J. G. Gadolin descobriu, em 1794, em um mineral sueco uma nova terra em forma impura, a qual chamou de Yter bia e posteriormente de Yttria. Em
1803, foi descoberta uma nova terra neste mesmo mineral que fora chamado de
Céria, hoje conhecida como Gadolinita. Devido ao fato das terras Yttria e Céria terem sido encontradas em um mineral raro, estas foram então chamadas de
“terras-raras”
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. Entre 1839 e 1843, C. G. Mosander, químico sueco, descobriu que Yttria e Céria eram uma mistura de óxidos. Nesta época, os elementos eram separados através da análise de pequenas diferenças na solubilidade e peso molecular dos vários compostos. A partir da Céria, foram separados os óxidos
Lanthana e Didymia e a partir da Yttria, os óxidos Érbia e Térbia. A utilização de um espectroscópio em 1859 permitiu grandes avanços na separação destes óxidos, pois permitiu determinar padrões de emissão e absorção de luz dos vários elementos. No período de 1879 a 1907, o óxido Didymia foi separado em
Samária, Praseodymia, Neodímia, e Európia. Nos óxidos de Érbia e Térbia, foram encontrados os óxidos Holmia, Thulia, Dysprósia, Ytérbia e Lutécia.