Estrutura de clivagens e sistemas partidários

Estrutura de clivagens sociais e sistemas partidários. (com notas sobre Lipset & Rokkan “Cleavage Structures, Party Systemss and Voter Alignments: An Introduction” !9670

• Premissa 1: A sequencia decisiva de formação dos partidos [na Europa] ocorreu no estágio inicial da política competitiva, em alguns casos muito antes da extensão do sufrágio, em outros, na iminência da corrida para mobilizar as massas recém incluídas politicamente. (Lipset e Rokkan, 1967). o Passado esse momento, as estruturas partidárias teriam se descolado da estrutura sócio-econômica, o que significa que estas não encontraram tradução a nível destes sistemas, uma vez que a maior parte das alternativas partidárias já se encontrava estabelecida e consolidada. ( o que aponta certa resiliência da última em relação ás transformações da primeira.)
• Concomitância do processo de construção dos sistemas partidários dos países europeus com o seus respectivos processos de “nation-building”.
• Esta hipótese do “congelamento” sustenta que a tradução dos contrastes e conflitos sociais em oposições partidárias só ocorre em um momento historicamente determinado: durante o processo de construção dos Estados Nacionais.
• A análise conjuga três sistemas sociais parsonianos específicos para defender a ideia do congelamento: o sistema de Latência, que corresponde à manutenção dos padrões sociais e à absorção de tensões; o subsistema político,, com função primordial de obtenção de objetivos; e o subsistema integrativo, referente às associações de caráter público. o É nesse último que ocorre o processo de gênese das legendas, pois as clivagens sociais e suas expressões políticas (partidos) desenvolvem-se ao longo dos eixos que estruturam tal subsistema: o eixo territorial, no qual se processam os conflitos entre centro e periferia em torno de identidades territoriais e culturais e o eixo funcional, que contrapõe conflitos sobre interesses econômicos específicos às oposições de caráter ideológico.
• Dois