Estresse Ocupacional na UTI
O estresse ocupacional pode ser definido como um conjunto de reações fisiológicas (taquicardia, hipertensão arterial), emocional (como ansiedade, depressão) e comportamentais (como o alcoolismo, tabagismo e aumento do absenteísmo) relacionadas com o profissional, seu ambiente de trabalho e as circunstâncias às quais está sendo submetido. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é considerada um dos ambientes hospitalares mais estressantes e agressores à saúde física e mental dos enfermeiros. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo geral avaliar o nível de estresse ocupacional dos profissionais enfermeiros que prestam assistência em UTI. A pesquisa se desenvolveu com enfermeiros que atuam em UTI geral e especializada de hospitais público e privado do município de Fortaleza. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados constaram de questionário e observação sistemática, tendo a pesquisa sido realizada no período de agosto a outubro de 2001. Os dados foram apresentados através de quadros, tabelas e gráficos, e analisados com base na literatura revisada. Verificou-se que, quanto às fontes causadoras de estresse, os enfermeiros citaram as questões administrativas, sobrecarga de trabalho, a deficiência de recursos materiais, a relação com a família e o paciente, o cuidar de paciente em estado crítico e grave, o barulho constante e alarmes sonoros, confronto com a morte e o desempenho de atividade burocrática. Além desses fatores, considerou-se que os problemas na comunicação da equipe são fatores estressantes. Pode-se concluir que os enfermeiros intensivistas apresentam nível elevado de estresse, verificado através de sinais psíquicos freqüentes como desgaste emocional, irritabilidade e ansiedade, e pelas alterações dos sistemas corporais, principalmente o gastrintestinal..