Estratégias de leitura
Fontes:
JUBRAN, Célia Cândida Abreu Spinard. Funções-textuais interativas dos parênteses. In: NEVES, M. H. de M. (org.). Gramática do português falado. v.vii:Novos estudos. São Paulo: Humanitas:FFLCH/SP, Campinas, Editora da Unicamp, 1999. p.131-158.
LEIBRUDER, Ana Paula. O discurso da divulgação científica. In:BRANDÃO, Helena Nagamine (Org.). Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso político, divulgação científica. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2001. p.229-253.
SWALES, John M. Research genres – exploration and applications. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
Segundo Leibruder (2001, p.239-247), o discurso da divulgação científica pode apresentar as seguintes estratégias linguístico-discursivas, ou elementos didatizantes, tipificadores de marcas de objetividade:
Voz do cientista, cuja autoridade atribui um caráter de confiabilidade e veracidade ao argumento defendido, como em: “A psiquiatra Nora Volkow, do Laboratório Nacional Brookhaven, em Nova York, defende a tese de que...”
Apagamento do sujeito: “O espaço reservado ao sujeito é preenchido pela voz dos objetos e das ideias tratados pelo texto, os quais passam a falar por si só, sem interferências de uma instância subjetiva. Assim, ao encobrir sua existência, o autor confere ao texto um caráter de universalidade e, portanto, de neutralidade, legitimando, dessa maneira, o seu discurso. Com isso, procura-se substituir o ponto de vista de um sujeito situado num tempo e especo definido, por uma perspectiva supostamente universal, objetiva, já que proveniente das próprias coisas. Ex. Livre, a dopamina causaria a sensação de euforia típica do uso dessa droga.
Índice de subjetividade, que constata a presença do sujeito discursivo no texto de divulgação científica. Os elementos didatizantes que os codificam são: definição, nomeação, exemplificação, comparação metáforas e parafrasagem.
Definição: