Estações de percepção
1. Introdução
Com o avanço das tecnologias de comunicação e a crescente expansão da oferta de cursos nas modalidades semipresencial e a distância, aumentam também a procura por plataformas educacionais baseadas na Internet, que consigam suportar eficientemente as diversas situações de interatividade que ocorrem entre professores e alunos. Não é uma tarefa fácil, pois além da necessidade de simular espaços de trabalho de natureza colaborativa, essas plataformas devem oferecer recursos e facilidades que possam ser de fácil gerenciamento, adequados às necessidades de seus usuários e alinhados à realidade de cada instituição. Muitas iniciativas de desenvolvimento de software para o apoio a aprendizagem tem utilizado a abordagem das Estações de Aprendizagem proposto por Gava (2003), onde se assume que o foco do processo deve ser o usuário e, através desse entendimento, seus conteúdos dispersos pelo ambiente devem estar integrados em um espaço individualizado. É comum que em alguns Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs), ao visitar uma comunidade de aprendizagem os usuários não consigam acompanhar ou perceber as alterações em suas outras comunidades nesse ambiente. Na maioria das vezes, os ambientes virtuais tendem a privilegiar a percepção dos eventos relativos ao espaço de trabalho imediato de seus usuários, ou seja, o espaço em que os mesmos encontram-se posicionados, como cursos que estejam visitando, isolando-os e esquecendo-se que os mesmos possuem outras relações mediadas pelo ambiente, e, que coisas que acontecem nos demais espaços, podem ajudá-los nas tarefas que estejam realizando. Ambientes que fornecem esta percepção limitada podem impedir que seus usuários tenham maior interação com outros participantes ou, até mesmo, que eles tenham uma atitude pró-ativa perante as mudanças nos recursos disponibilizados em outras comunidades. Este trabalho trata do desafio de