ESTADO E EDUCAÇÃO POPULAR Políticas de Educação de Jovens e Adultos Moacir Gadotti
Políticas de Educação de Jovens e Adultos
Moacir Gadotti
“Durante os últimos sete anos muitos estudos e experiências práticas têm sido realizadas no Brasil, sobre a contribuição dos movimentos sociais para a formulação de políticas públicas de educação popular [...]”. (p.1)
“[...] Na América Latina, a educação de adultos tem sido, particularmente, a partir da segunda guerra mundial, de âmbito do estado. Pelo contrário, a educação não formal está principalmente vinculada a organizações não governamentais, partidos políticos, igrejas etc. geralmente organizadas onde o estado se omitiu e muitas vezes organizada em oposição á educação de adultos oficial”. (p.2)
“Lamentavelmente, a função educativa do estado tem sido entendida, quase exclusivamente, como escolarização, deixando de lado as possibilidades de educação não formal, especialmente na educação básica (que inclui a alfabetização) de jovens e adultos”. (p.2)
“Os jovens e adultos trabalhadores lutam para superar suas condições de vida (moradia, saúde, alimentação, transporte, emprego, etc) que estão na raiz do problema do analfabetismo. O desemprego, os baixos salários e as péssimas condições de vida, comprometem o processo de alfabetização dos jovens e dos adultos. Falo de "jovens e adultos" me referindo à "educação de adultos", porque na minha experiência concreta, notei que aqueles que frequentam os programas de educação de adultos são majoritariamente os jovens trabalhadores”. (p.3)
"Conhecendo as condições de vida do analfabeto, sejam elas as condições objetivas, como o salário, o emprego e a moradia, sejam as condições subjetivas, como a história de cada grupo, suas lutas, organização, conhecimento, habilidades, enfim, sua cultura. Mas, conhecendo-as na convivência com ele e não apenas "teoricamente". Não um conhecimento apenas intelectual, formal. O sucesso de um programa de educação de jovens e adultos é facilitado quando o educador é do próprio meio”. (p.3)
“Já dissemos