colegio rui barbosa
POR UMA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO POPULAR DE JOVENS, ADULTOS E IDOSOS NO BRASIL.
O Brasil precisa de uma nova política nacional de alfabetização de Jovens e Adultos que tenha a Educação popular como referência. Declarou Paulo Freire patrono da Educação brasileira é só o começo. Bem sabemos que isso não é suficiente para que a causa que ele defendeu impregne corações mentes dos brasileiros e para que saia desses corações e mentes para o campo de ações concretas e decisivas. Precisamos do ethos freiriano nas veias da Educação brasileira.Precisamos retomar o sonho de Paulo Freire.
O cenário é preocupante, adverte-nos Moacir Gadotti. A erradicação do analfabetismo está estagnada no Brasil. Convivemos com uma taxa de analfabetismo dez vezes maior do que a dos países da OCDE. Esse contexto tem reduzido nossa capacidade de desenvolvimento econômico. Como podemos crescer com tamanha taxa de analfabetismo? Muitas famílias analfabetas desde há 50 anos continuam analfabetos ou semi analfabetos até hoje.
Para sanar a situação, uma nova política de Educação de Jovens e Adultos teria como objetivo principal superar a perspectiva restrita de uma simples e apressada alfabetização de rudimentos do ler e escrever, encaminhando-se na direção da consolidação de uma política pública que de fato inclua a Alfabetização no âmbito da Educação de Jovens e Adultos. É inaceitável que apenas3% dos educandos adultos que se alfabetizam encontrem oportunidades de continuar os seus estudos no sistema regular de ensino.
Como sustenta Moacir Gadotti, uma nova política de EJA precisa assentar-se nos princípios da Educação popular. E eles são, entre outros: a gestão democrática, a organização popular, a participação cidadã, a conscientização, o diálogo, o respeito à diversidade, a cultura popular, o conhecimento crítico e uma perspectiva emancipatória da Educação.
Em vista dos argumentos apresentados, Paulo Freire afirmava, o Estado sozinho não