1. EJA (Educação de Jovens e Adultos)
A EJA no Brasil é alvo de discursões desde seu “descobrimento” em 1500 (Brasil Colônia) até os dias de hoje, e certamente, será um assunto que irá perdurar por muito tempo.
Segundo Moacir Gadotti, diretor do IPE e professor da USP:
“Durante os últimos anos, muitos estudos e experiências práticas sobre a contribuição dos movimentos sociais para a formulação de políticas públicas de educação popular têm sido realizadas no Brasil. Como afirma Carlos Torres (1992), os movimentos populares são frequentemente definidos, no Brasil, como organizações de base, lutando pela extensão da educação para todos e especialmente pela alfabetização e pela educação de adultos...”.
Frente aos altos índices de analfabetismo no país, na década de 40, a educação de adultos destacasse com a criação de um fundo apenas para adultos analfabetos. Até os anos de 1940 a educação de adultos era concebida como uma extensão da escola formal, principalmente na zona rural, entendida como democratização da escola formal. Já em 1950, ela era entendida como educação de base, um desenvolvimento comunitário. É importante ressaltar que este processo é uma importante forma de promoção da inclusão social. É um processo diferenciado, possui características específicas, que devem ter didáticas desenvolvidas especialmente para este público-alvo.
Uma das maiores organizações internacionais, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) fez uma série de recomendações aos países membros no sentido de educar seus adultos analfabetos, e faz referência ao termo, “... o termo educação de adultos tem sido popularizado e refere-se a uma área especializada da educação...” (Gadotti, 2011). Com todos esses incentivos e necessidades o governo lançou a 1ª Campanha de Educação de Adultos, em 1947, que visava uma alfabetização de adultos no período de três meses, e junto oferecia um curso primário durante sete meses, dividido em duas etapas, como