ESTADO CAPITALISTA E POLÍTICA PÚBLICA
No campo de estudo das políticas públicas, uma das principais preocupações da ciência política tem sido a de revelar os mecanismos mediante os quais os “problemas sociais”transformam-se em “problemas políticos” que demandam processos decisórios (políticas públicas) por parte das autoridades governamentais.
Por isso, examinar uma política pública implica metodologicamente investigar as diferentes fases de sua formação, envolvendo o contexto de surgimento da questão social, a sua transformação num problema político, a formulação da política propriamente dita, a sua implementação e os resultados sociais alcançados.
Para a Ciência Política, o estudo de políticas oferece um privilegiado campo de análise da relação entre o Estado e a sociedade porque aponta para a necessidade de se estabelecer às articulações entre o processo de formulação da política, as agências estatais e os interesses sociais que se organizam e se manifestam no âmbito da sociedade.
Políticas Públicas são todas as decisões e também não decisões políticas que afetam os assuntos públicos.
Tomar uma decisão ou decidir nada fazer frente os problemas que vão surgindo, sejam econômicos, sociais, ambientais ou políticos, é uma decisão política. Pode-se dizer são ações governamentais que buscam resolver os
“problemas” que a sociedade civil pela sua própria natureza contraditória, conflitiva, egoísta, individualista e privada não consegue.
As diferentes entidades e os interesses conflitivos se manifestam empiricamente em lutas sociais, ideológicas e religiosa (étnicas, de gênero, sindicais, comunitárias, partidárias) e também em demandas, conflitos de interesses e lutas políticas no interior do Estado.
Assim, para resolver os “problemas”inerentes à lógica conflitiva da sociedade civil, ou seja, os problemas que a sociedade por si só não resolve, cabe aos poderes públicos, por meio de suas políticas públicas, a criação de condições favoráveis