esquema aristotelico
Exórdio: é a introdução do discurso, em que “começa-se por exprimir logo de entrada o que se pretende dizer”. Pode-se iniciar com um elogio, uma censura, um conselho que “nos induz a fazer uma coisa ou dela nos afasta”.
Narração: é a parte do discurso em que se mencionam apenas os fatos conhecidos, sem prolixidade e na justa medida que “consiste em dizer tudo quanto ilustra o assunto, ou prove que o fato se deu e que ele tem a importância que lhe atribuímos”.
Provas: devem ser demonstrativas. Explicam porque a narração apresenta fatos reais, que devem ser considerados. E, como a deliberação se refere ao tempo futuro, podem-se tirar exemplos de fatos passados para aconselhar.
Peroração: é o epílogo. Encerra o assunto, instigando o público-alvo ao consumo. Pode ser composto de quatro fases: a primeira consiste em dispor o ouvinte em nosso favor; a segunda, amplificar ou atenuar o que foi dito; a terceira, excitar as paixões no ouvinte; a quarta, uma recapitulação.
Aristóteles apontava estas fases nas retóricas orais, típicas de seu tempo, mas é possível verificar nitidamente que estão presentes no texto publicitário contemporâneo, notadamente em textos para anúncios de revista (mais tempo para ler e predisposição do leitor para textos maiores) ou comerciais para rádio (onde a ausência de apelo visual dá mais importância ao desenvolvimento do texto).
Hoje, devido a vários fatores, entre eles o espaço limitado para a mensagem, o custo da veiculação do anúncio e a importância secundária da propaganda para o leitor que busca predominantemente informação jornalística nos veículos de imprensa, essas fases do discurso retórico da Grécia antiga aparecem no texto publicitário mais breves, sintetizadas e, às vezes sobrepostas.
Vejamos o exemplo a seguir:
Cabeça não foi feita só para pensar.
Raciocínios brilhantes e idéias geniais ficam mais interessantes quando vindos de uma cabeça