Espécies invasoras- mexilhao-dourado
Invasoras
Mexilhão-Dourado
O mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) é um molusco bivalve, aquático, nativo do sul da Ásia, da família Mitilidae. Possui fecundação externa, produzindo larvas livres-natantes. É capaz de se fixar em quase qualquer substrato. Possui grande capacidade adaptativa. Densidades de até 150.000 indivíduos/m2. Com 30 dias e aproximadaente 0,5 cm já começam a reproduzir. Podem viver até três anos.
É uma espécie exótica invasora no Brasil. Foi introduzido no Brasil em 1998 (Mansur et all 1999) no lago Guaíba através do deslastramento de navios mercantes.
Tornou-se uma praga nas bacias do Paraná, Paraguai, Uruguai e Bacia Jacuí/Patos.
Enquanto espécie invasora, o mexilhão representa uma ameaça à fauna e à flora aquáticas. Onde se dissemina, o molusco passa a ocupar o lugar de espécies nativas. Como não tem predadores naturais, o mexilhão se desenvolve sem problemas. Todo o ecossistema começa a ser alterado com a presença do invasor.
Ao contrário do que ocorre em usinas, o controle do mexilhão em sistemas naturais é impossível com a tecnologia e os recursos hoje existentes. Por isso, é importante evitar a ocorrência de novas infestações. Ao mesmo tempo, uma larva microscópica sozinha tem potencial para desencadear contaminação num local até então livre do invasor. Isso inviabiliza a fiscalização pelos órgãos competentes como forma de proteger os locais não contaminados. É importante que todos os cidadãos tomem cuidado para não serem vetores de mexilhão dourado, especialmente navegantes, pescadores, agricultores e usuários de irrigação. Lembre-se que qualquer manancial de água doce pode estar contaminado pelo mexilhão sem que isso seja visível. Veja os cuidados: * Monitorar a disponibilizar informações atualizadas sobre a área de ocorrência de L. fortunei no RS; * Verificar em barcos e motores, transportados por via terrestre, a presença de incrustação na parte externa dos mesmos, e retirar *Não devolver ao ambiente