Introdução de especies
Espécies de plantas, animais ou micro-organismos introduzidos a um ecossistema do qual não fazem parte originalmente são chamados de exóticos, e, se adaptam, propagam e exercem dominância, prejudicando processos naturais e espécies nativas, são chamadas espécies exóticas invasoras. Então, nem toda espécie exótica é invasora. O mundo globalizado tem favorecido a introdução de espécies e,consequentemente, a sua homogeneização ao longo dos continentes, sendo aintrodução de espécies uma das maiores causas de perda de biodiversidade no planeta. Os impactos das introduções sobre a biota nativa podem ser imperceptíveis, sendo a espécie incorporada ao novo ambiente de tal forma que passe a ser vista como nativa, como espécies de mangueira e limoeiro, comuns nos nossos quintais. Por outro lado, estes impactos podem ser catastróficos, uma vez que estas espécies podem causar profundas alterações na estrutura dos ecossistemas ou mesmo danos econômicos. O Instituto Horus tem cadastrado 73 espécies de plantas e 71 de animais exóticos no Brasil, embora nem todas se transformem em pragas. Um caso recente de praga terrestre é do caramujo africano Achatina fulica, introduzido como criação para alimentação humana, que se alastrou por quase todo o Brasil, se tornando praga agrícola, especialmente no litoral. Atacam e destroem plantações de pequena agricultura, como a mandioca, batata-doce, carás, feijão, amendoim, abóbora, mamão, tomate e verduras diversas. Uma forma de dispersão de espécies é pela navegação marítima ou de águas interiores. No Brasil, são transportados por via marítima aproximadamente 95% de todo o comércio exterior. As transferências de organismos nocivos através da água de lastro dos navios têm sido desastrosas e têm crescido alarmantemente, causando danos aos ecossistemas marinhos, prejuízos à saúde humana, como no caso do Vibrio Colerae, responsável por inúmeros casos de cólera no mundo, à