Introdução de espécies exóticas
A distribuição natural das espécies nos ecossistemas é influenciada por diversos fatores tais como i) mecanismos de dispersão, ii) distância do local de origem, iii) barreiras geográficas e, inclusive, iv) o acaso. Em geral a maioria das espécies nos continentes confina-se a tipos particulares de ecossistemas, estas são conhecidas como espécies endêmicas (ESPINOLA; JULIO JUNIOR, 2007, p. 2).
Durante muito tempo as barreiras geográficas não permitiram o movimento de espécies nativas ou indígenas, ou seja, aquelas encontradas historicamente em uma região ou ecossistema. Entretanto, com os primeiros processos de colonização e migração humana para os continentes, há mais de 100 mil anos, várias espécies foram transportadas para outros ambientes (ESPINOLA; JULIO JUNIOR, 2007).
A partir do século XVI, a introdução de espécies aumentou significativamente com as grandes navegações e cresce atualmente em decorrência do comércio mundial e dos transportes marítimo, terrestre e aéreo. Os organismos que são introduzidos em ambientes fora da sua distribuição natural são classificados como “exóticos”. Quando esses organismos se expandem para além do local onde foram introduzidos afetando negativamente as espécies nativas são considerados exóticos invasores (RODOLFO et al., 2007). A introdução de espécies é a segunda maior ameaça mundial à biodiversidade, perdendo apenas para a destruição de habitats por ações antrópicas diretas (SILVA, et al., 2007, p. 48).
As espécies “alienígenas”, não se comportam do mesmo modo que no ambiente de origem, podendo causar modificações dos ciclos e características naturais dos ecossistemas atingidos. Além disso, alteram a fisionomia da paisagem natural (SILVA, et al., 2007).
O presente trabalho, que utilizou 18 artigos como fonte bibliográfica, sendo 10 artigos científicos, discute os problemas ambientais causados pela introdução de espécies exóticas.
2 ASPECTOS GERAIS
Segundo Espínola e Julio Junior (2007, p. 4) “[...]