Espiritualidade organizacional
Como Consultora em Comportamento Organizacional ouço as mesmas queixas dos altos executivos e dos colaboradores de empresas de diferentes ramos de atividade.
Citando algumas dessas queixas mais freqüentes, temos:
- Falta de objetivos, de comprometimento para com a equipe e a empresa, de respeito pelas pessoas, de iniciativa, de proatividade e criatividade;
- Conflitos interpessoais;
- Preconceitos;
- Lutas pelo poder prejudicando os resultados da organização.
Infelizmente, mudar estes comportamentos não é tão rápido e fácil, pois não basta o consultor ou qualquer outra pessoa dizer quais seriam os comportamentos mais adequados, pois, salvo uma minoria desprezível para qualquer trabalho estatístico, todos os envolvidos estão completamente cegos para os próprios comportamentos danosos, justificando a situação como conseqüência dos atos das chefias ou pares, isentando-se de qualquer participação no processo. Sempre são “os outros” e se “eles” não mudarem, nada irá melhorar. Um veredicto duro que procura enterrar qualquer possibilidade de transformação do ambiente empresarial, familiar e até mundial.
Este modelo comportamental é replicado em qualquer comunidade. Tive oportunidades de realizar oficinas e workshops comportamentais para professores do ensino fundamental, médio e superior e ouvi exatamente as mesmas reclamações dos professores sobre os comportamentos de seus alunos. Os alunos também não possuem objetivos, não há comprometimento com os estudos e com a qualidade de seus trabalhos, tratam seus colegas com preconceito e os mais fortes oprimem os mais fracos para ficarem em evidência entre os amigos, muitas vezes usando de violência, quando nenhum adulto ou autoridade está perto para repreendê-los. Observo com isso que tanto os adultos quanto os estudantes de diferentes idades podem estar seguindo aparentemente as regras e normas estabelecidas,