espiritualidade do presbitero
A espiritualidade sacerdotal representa o eixo central de sua vida, pois é por meio dela que ele entra numa particular e profunda sintonia com cristo bom pastor.
A espiritualidade, é claro, deve alimentar-se de vários meios e de várias práticas inseridas na vida do presbítero, levando em consideração as conotações que tem cada dia, especialmente os sábados e os domingos. Segundo o teólogo Royo Marin o plano de vida é indispensável para que o sacerdote não se descuide de suas obrigações, ou as faça desordenadamente e de forma inconstante. Ou seja, o sacerdote sem regra nem disciplina não conseguirá viver as exigências do seu estado de vida, nem se santificará, nem santificara o povo de Deus que passará a ver o pastor com descrédito, uma vez que este diz uma coisa e faz outra, ou quando não perdeu o interesse pelos estudos e o zelo pela oração, a visita aos enfermos, entre outras realidades.
A programação das práticas de piedade é necessária para que o presbítero não se deixe arrastar pela onda do ativismo esquecendo que sua vocação é para estar, também, com Jesus: chamou os doze, para que “estivessem com ele” (Mc 3,14). É por isso que o Diretório para a vida dos presbíteros insiste em uma espiritualidade centrada na liturgia, na oração pessoal e a prática das virtudes cristãs para a fecundidade do ministério presbiteral. Na verdade, além dessas realidades que apresenta o diretório, é necessário que o presbítero programe sua vida de maneira a incluir: a celebração eucarística, direção espiritual, celebração da liturgia das horas, o exame de consciência, a lectio divina, exercício e retiros espirituais, etc. A oração é indispensável para o sacerdote, por meio dela ele mergulha em Deus para encontrar a paz e a felicidade, superando toda forma de angustia e de vazio, pois quem tem a Deus tem tudo.
São Bernardo no De consideratione, adverte que é prudente subtrair as ocupações para não ser subtraído por elas