A VOCAÇÃO DO PRESBÍTERO A SANTIDADE
Como é sabido, pelo batismo todos os fiéis são chamados a santidade através de uma vida mais perfeitamente configurada a seu Senhor e Salvador Jesus Cristo. Os presbíteros, que fazendo parte do corpo místico de cristo, pelo batismo, e do Cristo cabeça, sumo e eterno Sacerdote, por meio do sacramento da ordem, são chamados a santidade duplamente, seja porque como membro da Igreja é corpo, seja porque configurado a Cristo Sumo Sacerdote é cabeça; de um lado pobre e necessitado da graça e por outro lado rico e dispensador da mesma.
Com efeito, a eficácia do ministério presbiteral, pela sua própria dimensão de serviço, embora aconteça independente do estado em que o presbítero se encontre, ele expressa e está em maior conformidade com a sua identidade e significado quando exprime por meio de uma vida aberta a moção do Espírito a santidade de Cristo em sua vida.
A santidade do presbítero, por sua vez, contribui muitíssimo para o desempenho frutuoso do próprio ministério; pois, embora a graça divina possa realizar a obra da salvação por meio de ministros indignos, contudo Deus prefere, segundo a lei ordinária, manifestar as suas maravilhas através daqueles que, dóceis ao impulso e direção do Espírito Santo, pela sua íntima união com Cristo e santidade de Vida, podem dizer como o apóstolo Paulo: “eu vivo, mas não eu, é cristo que vive em mim (Gl 2,20)”1
Ou seja, realizar seu ministério e o exercício da santidade no Espírito de Cristo, uma vez que toda santidade e perfeição consistem no amor incondicional a Cristo.
O TRÍPLICE MUNUS SACERDOTAL
O ministério presbiteral na Igreja é de natureza diferente do poder humano social e político, e só poderá ser entendido e interpretado pela Igreja e na Igreja. O tríplice múnus sacerdotal: ensinar (palavra), governar e santificar (culto) exprime em toda a profundidade e riqueza essa dimensão do serviço e o objetivo de sua autoridade e o modo de como exercê-la: “seu ministério próprio é