especialista
As dificuldades de aprendizagem é um tema que ao longo do tempo tem inquietado professores e pesquisadores. Apesar de as legislações (Constituição Federal, ECA, LDB 9394/96, dentre outras) apararem o ingresso e a permanência de todos na escola, o que se constata é que muitos alunos não foram excluídos fisicamente das escolas, todavia são excluídos do conhecimento que a escola oferece.
Dessa forma a escola não tem cumprido a tarefa de transmitir os conteúdos historicamente produzidos e socialmente necessários aos seus alunos.
O fracasso escolar tem sido estudado sob diferentes enfoques. Houve período em que suas causas foram atribuídas especialmente aos fatores extra-escolares. A família e as condições de vida material dos alunos eram apontadas como a causa. Posteriormente, atribuiu-se as causas do fracasso às questões biológicas (fome, desnutrição) e culturais.
Acreditava-se que o indivíduo oriundo de meio economicamente desfavorecido, sem acesso a uma boa alimentação e aos bens culturais fracassariam na escola. Moisés e Colares (1996) apresentam teses em que desmistificam a nutrição como fator de fracasso escolar.
Corroboramos com a ideia de que várias causas interferem na aprendizagem dos alunos. Destacamos os fatores extra-escolares e intra-escolares, tais como o ensino inadequado feito por meio de currículos obsoletos, falta de motivação e fatores socioeconômicos e culturais.
Outros fatores são os biológicos e psicológicos, isto é, causas relacionadas ao desenvolvimento biológico e psicológico, tais como a falta de percepção, atenção, memória ou requisitos básicos para a elaboração do conhecimento escolar.
O fracasso escolar, mais especificamente a dificuldade na elaboração da leitura e da escrita tem preocupado os educadores, pesquisadores e pais. Apesar das inúmeras discussões, constatamos, por meio de pesquisas (Shimazaki, 2007; Alencar e Shimazaki 2006) que grande parte dos alunos que estudam na segunda e terceira séries do