escritors da liberdade
Desta vez é a uma magnífica Hilary Swank que decide aposentar a luvas de Box da Menina de Ouro, para transformar-se num monumento de mulher. Erin Gruwell é uma professora que veste tailleur elegantíssimo, e faz questão de usar um colar de pérolas para dar aulas num colégio que é obrigado a aceitar um programa de integração social. Latinos, negros, e orientais, agrupados nas correspondentes gangs, sem nenhuma vontade de ser educados e ansiosos por brigas são a platéia que lhe corresponde. A sala 203, o quartel geral de Erin, mais parece um campo de batalha, permeado de ressentimentos e ódios, do que uma classe. A professora novata tem a paixão ingênua do principiante. Arruma-se com cuidado, cada manhã, enquanto pergunta ao marido que a contempla surpreso: “Diga-me, pareço uma professora?”. E confessa abertamente, à chefe do departamento: “Quando se defende um garoto no tribunal penso que já perdemos a batalha. Temos que ganhá-la antes, aqui, na sala de aula”. Um olhar cético é a única resposta de quem já tem muitas horas de vôo e pensa que esse excesso de entusiasmo se irá apagando com o tempo.
Mas a Sra. Gruwell não desiste. O mesmo sorriso que acompanha as inúmeras tentativas de aproximação dos alunos e conquista espaços, começa a incomodar os colegas professores que vêm na jovem sonhadora uma ameaça para o sistema instalado, e para a própria carreira. O colégio, que no passado teve avaliações ótimas, perdeu muitos pontos por que foi obrigado a incorporar o programa de integração social. Os bons alunos, assustados com as novas turmas –a ralé da sociedade- abandonam o colégio, as