Escravidão e problemas sociais
No conto “Pai contra mãe”, o autor relata alguns fatos do período de escravidão no Brasil (século XIX), e os problemas sociais vivenciados pelo casal Cândido e Ana. A principal figura, é a dos “escravos fujões”; eram escravos que como diz o nome, fugiam das senzalas, e obrigavam os donos a “caça-los”; seus donos espalhavam cartazes pela cidade com informações do escravo, e quem o achasse ganhava uma recompensa.
Haviam pessoas que trabalhavam como “caçadores de escravo”. Os “caçadores de escravos”, eram pessoas que não tinham sucesso com outras profissões e ganhavam um dinheiro com isso. Era difícil um escravo não ser encontrado. E quando eram encontrados tinham castigos por fugir, como a máscara de ferro e a coleira de ferro.
Cândido era um “caçador de escravos”, e era temido pelos escravos por ser um dos melhores. Era casado com Ana, com quem teve um filho. Mas por não terem condições de cuidar dele, tinham como única opção entrega-lo para a Roda dos enjeitados, lugar que abrigava filhos indesejados.
O autor deixa claro desde o início do conto o “porque” dos escravos fugirem. Fala também, alguns dos castigos que os escravos tinham. “Eram métodos correcionais aplicados para se garantir a honestidade e sobriedade, pois perdiam o vício de beber e consequentemente o instinto para roubar, ou como método preventivo contra as fugas dando para os reincidentes uma estimulação a humildade e a subserviência”. E considera grotescos os castigos, afirmando também que “a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco”.
O autor considera absurdo os tratamentos que eram dados aos escravos naquela época, ao mesmo tempo que faz uma crítica quando diz que “a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco”. É uma crítica pertinente, pois, fala exatamente o que aconteceu. Os escravos tiveram que passar por muitos problemas até “acabar com a escravidão” (de fato, ainda existem traços de escravidão). “Era como se fosse natural