Escravidão Moderna
Benjamin Skinner, jornalista e autor do livro (Um crime monstruoso: face a face com a moderna escravidão), afirma que o sul da Ásia, em geral, e a Índia, em particular, possuem mais escravos do que todas as nações do mundo somadas.
Há centenas de milhares, talvez milhões, de escravos na América Latina. O Haiti teria cerca de 300 mil crianças escravas. Elas são oferecidas em troca de US$ 50 nas ruas de Porto Príncipe.
Dezenas de milhares de pessoas são traficadas da América Central e do México. Nos Estados Unidos, a maior parte dos escravos é mexicana ou lá chega por meio do México.
De acordo com o relatório global da Organização Internacional do Trabalho, as principais formas assumidas pela escravidão contemporânea são a prostituição e o trabalho forçados, este caracterizado como servidão por dívida.
A escravidão também desconhece fronteiras. Segundo a OIT, há escravidão de nativos e também de estrangeiros em quase todos os países. Mulheres, crianças, indígenas e migrantes sem documentos são os principais alvos do trabalho escravo no mundo, pela vulnerabilidade social em que se encontram. Os migrantes que entram de forma legal muitas vezes têm seus passaportes confiscados pelos exploradores.
Canteiro de obra em Nanjing, China, onde lei não reconhece que adulto seja vítima de trabalho escravo. Foto: Adam Zwerner/CC
Trabalho escravo na China
As atividades econômicas que mais utilizam mão de obra forçada são a indústria de tijolos, as minas de carvão e a construção civil. A legislação do país não reconhece homens como vítimas de tráfico ou adultos como vítimas de trabalho escravo na China. Além disso, a política de limitação da natalidade, juntamente com a preferência cultural por filhos homens, contribui para levar mulheres e crianças ao casamento forçado, o que as deixa vulneráveis à servidão doméstica ou à exploração sexual. Há evidências de trabalho infantil forçado em fábricas e fazendas, sob pretexto de formação