A Utilidade Marginal - Jevons
Jevons foi o autor que reuniu os fragmentos de análise baseados na utilidade até formar uma teoria compreensiva do valor, da troca e da distribuição. Já em 1862 expusera as linhas gerais de seu pensamento, propondo uma teoria matemática geral da economia política. Deixou clara a sua posição de que as leis da economia podiam reduzir-se a poucos princípios expostos em termos matemáticos. Também, enfatizou que essas leis deveriam derivar do grande impulsionador das ações humanas: os sentimentos de prazer e dor. Na sua principal obra, The Theory of Political Economy, publicada pela primeira vez em 1871, está presente esta sua defesa da matemática como método de abstração, juntamente com a tese do hedonismo.
O escritor e economista inglês não nega a importância das investigações empíricas, mas privilegiava as formulações gerais, como coroamento do seu método aplicado à ciência econômica. Seu objetivo maior foi elaborar uma exposição matemática das leis de mercado como uma teoria básica do valor. O princípio central dessa teoria é a afirmação de que o valor depende inteiramente da utilidade” (Roll, 1977:372).
Sabemos que a teoria do valor nos clássicos é objetiva, isto é, refere-se à atividade econômica de toda a sociedade, sendo este o seu método de investigação. Portanto, não encontramos nas suas análises fatores individuais, subjetivos. Nesse sentido, percebemos como o surgimento desta nova tendência causou mudanças no cenário da produção científica dentro da teoria econômica. Pela primeira vez, aparecia uma teoria derivada dos clássicos com ênfase na utilidade. O economista e estatístico inglês partiu do indivíduo e suas necessidades e procurou entender a conduta humana unindo-a à filosofia hedonista.
Inspirando-se em Bentham, redigi uma teoria do prazer e da dor. Vê o homem com as lentes benthanianas, como uma máquina de prazer, ou seja, maximizador hedonista. Na esteira destes pressupostos determina a utilidade como a