Escola e cultura
A sociologia da educação que se desenvolve na Grã-Bretanha nos anos 50 e 60 geralmente é considerada como herdeira de uma tradição da “aritmética política” que remonta, pelo menos, à primeira metade do século XIX. Dessas origens essa sociologia teria conservado uma predileção pelas grandes enquetes sociais e pela coleta de dados descritivos. E foi por meio dessas amplas enquetes que a ênfase era colocada nas relações entre o sistema escolar e as outras instituições sociais, que a sociologia da educação conquistou, a partir dos anos 60, sua “carta de nobreza cientifica”, tornando-se uma disciplina universitária reconhecida. São criadas cátedras de sociologia na maioria das universidades.
O que se chamou na Grã-Bretanha, nos anos 70, de “nova sociologia da educação “ é tipicamente uma sociologia do currículo, uma sociologia centrada na questão dos determinantes e dos fatores (culturais, sociais, políticos) dos processos de seleção, de estruturação e de transmissão dos saberes escolares.Essa “nova corrente de pensamento”tem por característica essencial considerar o conjunto dos funcionamentos e dos fatores sociais da educação a partir de um ponto de vista privilegiado que é o da seleção, da estruturação, da circulação e da legitimação dos saberes e dos conteúdos simbólicos incorporados nos programas e nos cursos.Na avaliação de Forquim, “a nova sociologia da educação “ inspira-se principalmente em certos aportes do interacionismo simbólico americano, da fenomenologia social e da sociologia do conhecimento, bem como da antropologia cultural.
A palavra cultura é polissêmica, permitindo várias definições e