Escola e cultura
O conceito de infância como nós conhecemos não é um conceito que sempre existiu, segundo os autores e suas fontes, esse conceito foi construído e formado por uma série de fatores da época e com uma série de finalidades de quem estava sob o comando.
Inicialmente começamos com a Igreja formando escolas para se conservar os padrões morais e autoridade eclesiáticas, numa época em que ela era muito questionada. Sendo assim, uma maneira de “prender” a população seria proibir o trabalho nos primeiros anos de vida, legitimar a necessidade da educação nos primeiros anos e vida e, assim, ensinar desde pequenos os valores que se queria conservar.
Esse método se mantém com a ascensão dos poderes absolutos e a decadência da Igreja. Porém, agora o objetivo geral da instituição escolar era “produzir” pessoas que soubessem se manter no poder, caso fossem ricos. Todavia, como não há espaço para todos estarem no poder, haveria uma “produção em massa” das classes menos abastadas que, além bons cristãos, deveriam ser bons trabalhadores e submissos aos seus reis, iniciando o processo de naturalização das classes sociais desde cedo.
Então, para se fazer legitimar a entrada do ser humano na escola em seus primeiros anos de vida, incia-se um árduo trabalho que envolve quatro representantes: Instituição Escolar, a Família, o Estado e a Igreja. Num trabalho de interdependência, esses representantes montam as características de uma criança, como conhecemos hoje, como: maleabilidade, fragilidade, rudeza e fraqueza de juízo. Essas características irão legitimar as necessidades da educação, disciplina e formação, logo nos primeiros anos de vida.