ESCOLA DE CHICAGO

ESCOLA DE CRIMINOLOGIA DE CHICAGO

RESENHA CRÍTICA

Tratando-se de Criminologia, mister salientar que esta possui como objeto de estudo a conduta desviante, seu autor, a reação e influência da sociedade para tal conduta e o tratamento dado à vítima. Nesta esteira de pensamento, o presente trabalho volta-se à análise de uma das Escolas voltadas à análise da Criminologia, a saber, a Escola de Chicago. Por "escola", entende-se como uma corrente de pensamento em consonância, convergência, ou uma identidade de pensamentos. No caso da Escola de Chicago, mesmo que os autores não compartilhassem da mesma teoria, todos eles trabalham juntos na análise da atividade da cidade.
Notadamente em relação à Escola de Chicago, esta se apresenta como uma das primeiras correntes de pensamento dentro da Criminologia, partindo de uma abordagem sociológica das grandes cidades, e do desenvolvimento urbano. Trata-se de uma verdadeira quebra de pensamento com a Criminologia clássica, a qual trabalha com ideias de do criminoso nato e livre arbítrio, mudando, assim, a perspectiva anterior, de forma que, em vez de se concentrar no indivíduo, esta corrente de pensamento considera que as pessoas são influenciadas por interações sociais e outras forças ambientais ao redor deles.
Diante deste contexto, parte então a pergunta, por que Chicago? Pois bem. A cidade de Chicago foi palco desta Escola, por sua característica de grande cidade, sendo que à época da fundação dos estudos, esta se apresentava como a terceira maior cidade dos Estados Unidos, e, naquele ínterim, passava por um contínuo crescimento, com a expansão da indústria, redução da taxa de mortalidade, mudanças nas relações de produção e significativa chegada de imigrantes europeus e de outras regiões norte-americanas, o que ocasionava um grande déficit na oferta de vagas de empresa e também na área habitacional. Destarte, havia, em Chicago, uma grande exploração