Escola De Chicago
A Escola de Chicago foi um movimento artístico no campo da arquitetura, desenvolvido nos finais do século XIX e constituiu uma das primeiras manifestações da arquitetura moderna.
O pioneiro deste movimento foi o engenheiro e arquiteto William Le Baron Jenney que, nos finais do século XIX, construiu em Chicago um conjunto de edifícios de escritórios de grande altura, dos quais se destaca o Home Insurance Building (construído em 1885). Estes edifícios apresentam novas soluções tipológicas, estruturais, construtivas e morfológicas, de raiz funcionalista, que pretendem simbolizar o próprio desenvolvimento económico da cidade. Le Baron Jenney incrementou o uso de estruturas metálicas simples (o que possibilitou o aumento da altura dos edifícios) que sustenta as fachadas, extremamente simplificadas. Quatro jovens arquitetos que trabalharam no atelier de Jenney assimilaram esta solução formal e construtiva que rapidamente se transformou num protótipo ou num modelo consolidado. Estes arquitetos, Louis Sullivan, Daniel Burnham, William Holabird e Martin Roche, tornaram-se nos expoentes do movimento durante as décadas seguintes.
Burnham realizou alguns projetos de grande qualidade, entre os quais o Reliance Building (1890-1895) e o famoso Fuller Building de Nova Iorque (1902). Sullivan, o arquiteto mais significativo deste movimento, construiu alguns dos mais representativos arranha-céus deste período, nos quais atingiu um grande refinamento formal. Destacam-se oAuditorium Building (1888-1889), o Wainwright Building (1890-1891) em St. Louis, e os famosos Armazéns Schlesinger and Meyer (1899-1904).
Outro arquiteto Henry Richardson, formado em Paris, atingiu nos seus projetos uma rara síntese formal de carácter neo-românico, pela integração orgânica da estrutura e do ornamento. Um dos seus mais significativos projetos é o dos Armazéns Marshall Field, em Chicago, construídos entre 1885 e 1887.