ESCOLA DE CHICAGO
É chamado de Escola de Chicago o movimento arquitetônico ocorrido no século XIX (1879) nesta cidade e foi uma das primeiras manifestações da arquitetura moderna. Desde 1832 as estruturas predominantemente usadas eram de madeira tipo balloon frame (gaiola de ripa de madeira com uso de pregos metálicos) e a cidade era extremamente vulnerável.
Depois que o grande incêndio de Chicago em 1871 reduziu a cinzas uma enorme área da cidade, arquitetos aproveitaram a oportunidade para criar um dos grandes centros mundiais de edifícios inovadores para chegar, literalmente, aos céus. Individualmente, são lendas da arquitetura americana: William Le Baron Jenney, Louis Sullivan, Daniel Burnham, John Wellborn Root, William Holabird e Martin Roche; juntos, eles criaram o estilo conhecido como a Escola de Chicago. Uma das suas características era o uso de uma tecnologia nova, a construção com estrutura de aço, que permitia aos projetistas elevar os edifícios a alturas sem precedentes, criando um formato novo: o arranha-céu.
O pioneiro deste movimento foi o engenheiro e arquiteto William Le Baron Jenney que descobriu a solução estrutural capaz de suportar cargas e resistir a incêndios, pelo revestimento de perfis laminados de aço com elementos metálicos com alvenaria de tijolos. Era a chamada “gaiola equilbrada”, na qual trocou o ferro fundido, então solução vigente, pelo ferro laminado. Graças ao novo sistema, Jenney pode vencer as limitações da construção com paredes portantes, que poderiam chegar a grandes espessuras. Nos finais do século XIX ele construiu em Chicago um conjunto de edifícios de escritórios de grande altura, dos quais se destaca o Home Insurance Building, (construído em 1884-1885, com 10 pavimentos sendo considerado o primeiro arranha-céu do mundo). Estes edifícios apresentam novas soluções tipológicas, estruturais, construtivas e morfológicas, de raiz funcionalista, que pretendem simbolizar o próprio desenvolvimento económico da cidade.
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