Equilíbrio Fiscal
Economia
Finanças
Ainda o equilíbrio fiscal
Para aumentar a potência da política monetária sem prejudicar o crescimento será preciso reduzir a demanda pública por Delfim Netto — publicado 02/08/2013 09:07 fiscal capaz de reduzir a demanda do setor público
Uma política que contemple o equilíbrio fiscal nominal ao longo do ciclo econômico é indispensável para sustentar o crescimento e garantir a continuidade do processo de inclusão social, sem perder de vista o objetivo de oferecer igualdade de oportunidades para todos os cidadãos.
O volume da produção de um país é resultado da combinação de muitas variáveis. No curto prazo, a maioria delas (as instituições, por exemplo) é praticamente constante. O mesmo com o estoque de capital físico, como os bens de produção, estradas, portos etc.
O único fator de produção ajustável é a mão de obra, determinada pela oferta e demanda no mercado de trabalho. Se há um estresse nesse mercado por toda a mão de obra estar empregada, a produção física, no curto prazo, estará limitada por ela. E parte da mão de obra pode estar “estocada” na indústria, por causa do alto custo de sua dispensa quando comparado à “esperança” de um eventual aumento da demanda setorial que permitisse utilizá-la. Mas isso exige uma mudança de preços relativos, particularmente das taxas reais de câmbio e juros.
Levando a simplificação ao extremo, podemos dizer que, no curto prazo, o volume físico do PIB passível de ser produzido é praticamente constante. Esqueçamos o complicado problema da unidade de medida, igual a 100 neste exemplo. Para produzi-lo temos (por hipótese) de importar 14 unidades físicas, na mesma unidade complexa. Logo, a “oferta” total disponível é igual a 100 + 14 = 114. Suponhamos que ela (“demanda”) seja utilizada da seguinte forma que mimetiza a economia:
Oferta e procura globais estão em equilíbrio contábil. Todos os componentes podem