Enzimas microbianas

A utilização de enzimas pelo homem é uma prática antiga, embora no seu começo não fossem conhecidos os mecanismos bioquímicos e a ação biológica específica destes compostos. A produção de enzimas é um dos campos mais promissores dentro das indústrias biotecnológicas. Com o avanço da tecnologia, as produções enzimáticas cresceram bastante e passaram a utilizar microrganismos como principal fonte de matéria prima biológica, visto que eles tem capacidade de realizar grandes transformações químicas. A importância da produção de enzimas microbianas para a realização de novas pesquisas de fontes de enzimas, de novas técnicas de produção e suas acessibilidades vem sendo bastante destacada.

Uso das enzimas no diagnóstico clínico.

Utilizadas em kits diagnósticos para a determinação de diferentes substâncias e compostos (fosfatos, amônia, etanol e ácido acético, além de metabólitos tais como glicose, ureia, creatinina e até mesmo substâncias tóxicas como pesticidas, herbicidas e metais pesados. Antígenos virais, anticorpos, proteínas, medicamentos, vitaminas e hormônios), analisando-se amostras de sangue, urina, soro e outros fluídos corporais que possam indicar algum tipo de patologia. A maioria dessas enzimas são obtidas de microrganismos devido a facilidade no melhoramento e a eficiência na produção, através de técnicas moleculares, principalmente a tecnologia de DNA recombinante, reduzindo assim a necessidade de passos de purificação e permitindo a maior produção da enzima desejada. São exemplos a glicose-6-fosfato desidrogenase (Leuconostoc dextranicus) e a creatinase (Pseudomonas putida). As enzimas utilizadas no diagnóstico possuem a vantagem sobre os métodos químicos convencionais, já que estes são de difícil realização devido à baixa sensibilidade, seletividade, custo, tempo de realização e quantidade de amostra que necessitam. Tais enzimas podem ser empregadas de três maneiras: por ensaios enzimáticos, onde as reações enzimáticas são monitoradas pela medida