ENVOLVER OS ALUNOS EM SUAS APRENDIZAGENS E EM SEU TRABALHO 1

ENVOLVER OS ALUNOS EM SUAS APRENDIZAGENS E EM SEU TRABALHO

“Não posso fazer nada por ele, se ele não quiser se instruir”, dirá ou pensará um professor. A instrução é obrigatória por lei dos 6 aos 16 anos conforme o país, o direito civil da aos pais o direito tanto de instruir, como de mandar instruir seus filhos. Os professores do ensino fundamental e médio trabalham 35 a 40 horas por semana, 40 semanas ao ano, durante 10 a 20 anos com crianças e depois com adolescentes, que às vezes nada pediram. “O desejo de saber e a decisão do aprender (De Lannoy, 1997), encontram no centro do oficio do professor. Ele espera alunos “motivados”, que queiram aprender, que desejem o saber, mas para um aluno assim ainda a “motivação tem que ser freqüente. De onde ela viria então?, da genética das pessoas, da cultura, do meio ou da família de origem, do bom ou mau exemplo dos colegas. A democratização dos estudos trouxe para as escolas do ensino médio, alunos que antigamente ingressavam diretamente na vida ativa, hoje em dia não tem mais herdeiros que defendam a escola, hoje o que impera é a preguiça e a desordem, os professores têm que se conformar com isso. Recebem alunos muito heterogêneos (diferentes), que na maioria não se preocupa com o saber. A nostalgia de classes homogêneas (da mesma natureza), e prontas para trabalhar não desapareceu, mas é preciso trabalhar com a realidade da escolarização em massa. Alguns não perdem um segundo sequer para motivar seus alunos, acham que não são pagos para isso, a realidade é menos cor-de-rosa. Se a escola quisesse manter o desejo de saber e a decisão de aprender, deveria diminuir consideravelmente seus programas, dando sentido aos alunos a vontade de se apropriar desse conhecimento. O professor não pode fazer milagres, quando sua atribuição esta baseada em uma ficção coletiva, a responsabilidade do sentido a ser construído não poderia repousar apenas nos ombros dos profissionais.
A competência adquirida é de ordem didática,