Entrevista psicológica
E. tem 46 anos é do sexo masculino, caucasiano, dois filhos e o seu estado civil é viúvo. Tem o ensino superior pois concluiu a licenciatura em jornalismo. Neste momento encontra-se a viver em Matosinhos.
O motivo que o levou a recorrer ao psicólogo foi a morte da sua esposa há oito meses, devido a um cancro no estomago. Este deslocou-se por vontade própria há consulta.
E. queixa-se que sofre de insónias, não se alimenta em condição já emagreceu 5kg, e não se sente capaz de trabalhar. Relata também que sente um certo desinteresse pela vida, e que estes sentimentos o levam também a um desleixo em relação há educação dos filhos.
Estes sintomas apareceram após o falecimento da esposa, estes mantinham uma relação muito próxima e afectuosa, a sua perda levou-o a um desespero profundo. Começou por se isolar em casa, deixou o trabalho, e revela que não consegue seguir com a sua vida. A sua aparência ficou descuidada e revela que isso não lhe afecta pois perdeu a vontade de viver. Conta que a esposa morreu enquanto estava internada no hospital, e que nesse dia ainda não a tinha ido visitar pois tinha acordado com uma forte dor de cabeça, o que lhe causa ainda mais um sentimento de culpa. Tem capacidade uma capacidade boa em exprimir sentimento disse-me que sentia raiva e culpa dele por não se ter despedido da esposa, tristeza e angústia pois perdeu o seu apoio nesta vida. Já teve vontade de cometer suícidio, o que o fez recuar e não seguir em frente com esta vontade foi o amor que sente pelos filhos, pois sabia que eles ficavam sozinhos e abandonados. Tem dois filhos, um com 20 anos e uma com 12 anos. Ele sente que eles os apoiam muito, conversam com ele dando-lhe força para continuar, mas ele não consegue controlar os seus sentimentos e a tristeza que descreve é muito grande.
A família dele mora muito distante no algarve, falam por telefonemas mas nada mais do que isso. Os seus pais que ainda são vivos, propuseram-lhe passar uns dias lá com eles mas E.