Entrevista lúdica

Entrevista Lúdica Segundo Werlang (2000), é um tipo de entrevista de importante papel no atendimento de crianças. É uma técnica de avaliação muito rica, que permite compreender a natureza do pensamento infantil, fornecendo informações significativas do ponto de vista evolutivo, psicopatológico e psicodinâmico, possibilitando formular conclusões diagnósticas, prognósticas e indicações terapêuticas. De acordo com Anna Freud (1976), as crianças refletem na brincadeira suas experiências, elas não só realizam seus desejos como também dominam a realidade. Ela acreditava que a criança não possuía consciência de doença, portanto não iria conseguir desenvolver uma neurose de transferência com terapeuta, discordando de Klein. Melanie Klein (1980) entendia que as crianças poderiam ser analisadas como os adultos sem motivação educacional. Ela não acreditava na aplicação de jogos porque os entendia como fantasma masturbatório. A palavra de ordem de Melanie Klein poderia se resumir na seguinte frase: “Tudo é possível” a de Anna Freud: “Tudo não é possível”. Para Klein o jogo se assemelha a uma livre associação. Ele seria um equivalente da palavra, da qual a criança tem um uso limitado. Como o sonho o jogo faz figurar no seu texto o fantasma e o símbolo inconsciente. “O jogo é uma realização de desejo”, disse Klein (1932). Aberastury (1978) considerou que a criança é capaz de expressar seus conflitos internos nas brincadeiras. Estabeleceu as condições do contrato terapêutico, que diz respeito a o terapeuta juntamente com a criança, guardar os brinquedos numa caixa, simbolizando assim o sigilo da terapia. A terapia infantil começa com a entrevista dos pais para obtenção de informações, após isso acontece o primeiro contato com a criança, que pode ser através de uma entrevista lúdica. Deve-se combinar com os pais que se converse com o filho a respeito do motivo pelo qual será realizada a consulta, assim pode-se começar falando sobre este motivo no inicio