Psicologia infantil
Ainda, o brinquedo seria um elo que possibilitaria ligar o mundo externo e o interno, a realidade objetiva e a fantasia, sendo um meio de comunicação da criança (WERLANG,
2000).
Essa abordagem psicanalítica com crianças teve início com Freud no caso clínico do
Pequeno Hans em 1909. Freud nos forneceu o primeiro modelo de análise infantil que possibilitou o acesso à linguagem paraverbal de uma criança, ao desenho, aos sonhos e às fantasias (FERRO, 1995). Com este caso, Freud compreendeu as neuroses infantis e seu papel na organização da neurose dos adultos (WERLANG, 2000).
Ferro (1995) nos diz que depois de Freud, Hug-Hellmuth dedicou-se a analisar crianças, mas não deixou uma sistematização do seu trabalho por meio do jogo. Ela afirmava 3 que a criança não tinha seu ego totalmente desenvolvido para suportar o peso de uma interpretação psicanalítica (WERLANG, 2000). Sophie Morgenstern também teve sua colaboração na análise infantil e fundamentou o uso do desenho em um menino que sofria de mutismo (FERRO, 1995).
Anna Freud e Melanie Klein publicaram os primeiros dois livros de técnica que auxiliaram na sistematização da análise infantil. Anna Freud afirmava que a criança precisaria de um período de preparação à análise e enfatiza a interpretação dos sonhos, as fantasias diurnas e os desenhos, porém limitava-se a utilizar os jogos durante a sessão (FERRO, 1995).
Ela ainda afirmava que a criança não tinha capacidade de estabelecer