Entendendo Melhor os Trade-Offs
Devido aos trade offs, é comum que empresas foquem alguns poucos critérios competitivos. Tome o exemplo do Mc Donalds, que se concentra em oferecer basicamente “consistência”, ou seja, a repetição da experiência, mesmo que à custa de flexibilidade ( o pacote de opções oferecido é bastante restrito e a capacitação de adequar o pacote de serviços é restrita). Pense agora num prestador de serviços profissional, como um médico altamente especializado, que focalizará sua atenção principalmente no aspecto “competência”, mesmo que à custa critério “custo”, já que um profissional assim tem custos elevados de formação e atualização.
Interessante notar também que nem todos os pares de critérios competitivos representam trade offs, ou seja, é possível que alguns pares de critérios de fato trabalhem no sentido de reforçar um ao outro. Uma operação que se concentre em “consistência”, como o MC Donalds, trabalhando fortemente em mecanismos de controle de insumos e de processo para garantir que saiam sempre conforme a especificação tenderá a ter custos operacionais mais baixos, pois menos material fora a especialização terá de ser refugado ou retrabalhado e os custos operacionais diminuirão.
Também é importante perceber que determinados trade offs podem (e na verdade devem sempre) ser questionados.
Imagine uma operação de serviço que faça atendimento ao público. Imagine que certo momento, das cinco posições de atendimento presentes nas instalações, três tenham sido especializadas para estarem abertas e operando. Isso porque foi constatado que o cliente tem tolerância para gastar até 10 minutos dentro da unidade. Entretanto, quando se abre a unidade para atendimento, nota-se que a fila resultante é tal que faz o cliente passar na verdade 15 minutos dentro da unidade, gerando descontentamento. Para remediar rapidamente a questão, o gestor da unidade resolve abrir mais duas posições de atendimento. Essa ação rápida