Ensino de história para alunos surdos
Neste contexto, os surdos também eram considerados dignos de pena e vítimas da incompreensão de toda a sociedade e até mesmo da própria família (2). Contudo, essa visão vem se modificando e, atualmente, é discutida por profissionais de diversas áreas do conhecimento, inclusive da saúde.
A compreensão dos aspectos sócio culturais da comunidade surda é possível quando analisada pela trajetória histórica da educação das pessoas Surdas que é marcada pela dualidade da comunicação defendida por alguns pelo uso da Língua Oral e por outros, pelo uso da Língua de Sinais. Estes fatores lingüísticos norteiam toda a linha histórica descrita ao longo dos anos.
A surdez leva os indivíduos a se comunicarem de maneira peculiar e muitos usam a língua de sinais para se expressarem e compreenderem o contexto no qual se inserem. Sob o ponto de vista clínico, a surdez, se caracteriza pela diminuição da acuidade e percepção auditiva que dificultam a aquisição da linguagem oral de forma natural (3). As línguas de sinais são de modalidade espaço-visual, pois o sistema de signos compartilhados é recebido pelos olhos e sua produção realizada pelas mãos no espaço. São reconhecidas enquanto línguas pela lingüística, que lhes atribui o conceito de línguas naturais e não as considera como problema do indivíduo surdo ou como patologia da linguagem (4).
No Brasil a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão da comunidade Surda, pela Lei Federal nº 10.436, de 24 de abril de 2002